terça-feira, julho 6

Florence + The Machine - 'Indie Rock com alma'



A Florence + The Machine está comentadíssima na internet, então resolvi postar a respeito dessa banda que está, realmente, mandando muito bem. Até porque o nome deste blog foi dado com base em uma de suas composições.



Trecho de Hardest of Hearts:

"Existe amor em seu corpo
Mas você não consegue segurar
Ele sai dos seus olhos
E escorre por sua pele

O mais delicado toque deixa a mais escura das marcas
E o mais gentil dos beijos quebra o mais duro dos corações"



 


Desde a formação em 2007, o único membro permanente da banda é a vocalista e compositora Florence Welch, e houve constante reformulação dos demais componentes desde então.
O som da banda londrina é definido pela imprensa especializada como “Indie Rock com alma”. Não poderia definir melhor. Vocês vão captar a essência dessa definição plenamente ao ouvirem na íntegra o excelente disco de estréia “Lungs”, desse ano.

 Mas não há erro em afirmar, no entanto, que as criações de Florence e sua máquina partem de bases roqueiras.
Tanto Kiss With a Fist, na qual a cantora declara que um amor recheado de socos e pontapés é melhor que amor nenhum, You’ve Got The Love, cover de uma canção gospel que prega que o amor divino existe mesmo nos tempos difíceis, e o cover Girl with One Eye, apesar de sua sutil camada country, exalam a fragrância mais emblemática do gênero: uma fartura de múltiplos riffs de guitarra assaltando a melodia ou preenchendo todos os espaços possíveis. Mas mesmo neste disco tão repleto de canções fabulosas, Bird Song, faixa bônus da versão deluxe do disco que igualmente pertence à faceta mais nitidamente rock da artista, ainda consegue se elevar em meio as que acompanham como a música mais brilhante do lançamento: iniciando com alguns versos a capela, logo acompanhados por uma guitarra melancólica, a melodia vai alternando um crescendo de momentos reflexivos com outros repletos de ira até explodir em uma orgia sonora sem economia nos vocais, no arranjo melódico e no sentimento que jorra como lava do Monte Vesúvio ao desenhar metaforicamente nas letras a consciência arrependida de alguém como o cantar de um pássaro delator.
Ao contrário de muitas estrelas mediáticas, Florence não foi “descoberta” no Myspace mas em bares londrinos. Depois da edição dos singles “Kiss With a Fist” e “Dog Days Are Over”, assim como as passagens pelos festivais de Glastonbury, Reading e Leeds, a next bing thing da música britânica demonstra que pouco ou nada tem a ver com outras cantoras emergentes das mesmas latitudes como Amy Winehouse ou Lily Allen, em que uma certa atitude de revolta é imagem de marca. A sua música, apesar das distâncias e tecnologias, evoca a pop/folk de Kate Bush em que arte, boemia e de bom gosto se sobrepõem ao fácil e mediático. Em Lungs, um belo exercício de escrita, de onde irradiam estórias, por vezes absurdas, por vezes profundas, por vezes meras prazer de invenção. Musicalmente a simplicidade de processos, seja nas suas estruturas melódicas ou na perfeita união de instrumentos eletrônicos e acústicos, fazem de “Lungs” um objeto musical de atração imediata.

Veja o video You’ve Got The Love, um de seus maiores sucessos:



Quando baixei este CD, não imaginei o vicio que se tornaria. Taí pra vocês, o disco número 1 da minha playlist...




2 comentários:

Anônimo disse...

MUITO bom. tudo, rs. *-*

Anônimo disse...

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